sábado, 26 de março de 2011

                   Não se Pode Servir a dois Senhores
Há alguns dias atrás, assistindo a uma revista eletrônica, da qual me recuso a citar o nome, fiquei assustado com as denúncias, por ela feita, de garotas, inclusive menores, sendo exploradas sexualmente.
A matéria, que ocupou um espaço imenso do programa, mostrava como brasileiros, alemães, colombianos, italianos e outros turistas estrangeiros comercializam nossas mulheres, como se fossem um produto qualquer.
Esses gringos são atraídos ao Brasil, segundo a reportagem, pela vasta propaganda que é facilmente encontrada na internet, folders e até mesmo em cartazes.  O que deixou o casal de apresentadores e muitos brasileiros boquiabertos.
Além da exposição de garotas de programas  nas praias, calçadas e em danceterias, as casas de prostituição, sem o mínimo de senso moral, ainda mostram a nova “safra” de seus produtos, fazendo crianças subirem aos palcos e dançarem juntos com prostitutas.
Quem assistiu à matéria  sentiu vergonha de ser brasileiro. E o  que sentiram as brasileiras?
Nosso país que sempre se orgulhou pelo samba, futebol e pela beleza feminina, agora tem motivos para se preocupar com esta última dádiva. Estão comercializando o que não tem preço.
Parece-me que a emissora quis chamar a atenção das autoridades, pais e líderes religiosos para o problema. Entendi que a reportagem “cumpriu” seu papel de fazer a denúncia de que nossas meninas estão sendo expostas e incentivadas ao obsceno, à vulgaridade, à perda dos princípios éticos e morais.
Terminado o programa, começou um reality show – o que  de mais mesquinho uma emissora de televisão pode promover. Nesse programa  pós revista eletrônica, pós a belíssima reportagem que denunciava a perda de princípios e a exposição da mulher brasileira em casa de prostituição Brasil a fora, vi a mesma emissora apresentar em rede mundial, pessoas que se submetem a verdadeiros absurdos por um milhão de reais.
Uma jovem linda (pelo menos eu acho) protagonizando cenas da mais pura falta de amor próprio, de princípios morais e tudo que até as garotas mostradas na reportagem, muitas vezes, não fazem. E quando fazem por uma questão econômica, não o fazem para um país inteiro ver. Parece que o que vale aí é aquela velha máxima ditatorial: "Faz o que eu digo, mas não faz o que eu faço". Eles podem expor nossas mulheres e também podem fazer denúncia! Só eles!
Penso que temos que começar a analisar se emissoras como essas não estão tentando “tapar o sol com a peneira”. Produzem essas reportagens para nos anestesiar. Querem entorpecer educadores e pais, que em alguns casos, ludibriados pela matéria anterior, permitem que seus filhos fiquem diante da “telinha” e aprendam com os integrantes da “nave” como se faz pra se tornarem “heróis”.
Mas já devia estar acostumado com isso, pois quando ainda era criança e nem tinha televisão em minha casa, vi essa mesma emissora denunciar, na mesma revista eletrônica e com muita veemência, a chacina da Candelária. Porém, logo em seguida exibiu um filme denominado Desejo de Matar, no qual o herói era um policial, que em uma cidadezinha, exterminava garotos de uma gangue.
É fantástico como essa emissora consegue acender uma vela pra Deus e outra pro Diabo!!!
Professor Lobão


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